A CERON E OS DISCÍPULOS DE "LOMBROSO".
O volume da campanha publicitária da Centrais Elétricas de Rondônia, a Ceron, já merece uma atenção especial do Ministério Público Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU). A estatal precisa explicar de momento dois fatos: O primeiro é sobre o que aconteceu com a Alusa, uma empresa que veio ao Estado de Rondônia para fazer o trabalho do programa "Luz para Todos." Passou por aqui uma temporada, recebeu o dinheiro da companhia, não concluiu o serviço, de quebra ainda pegou um aditivo de mais de 5 milhões de reais e foi embora, fintando um grande número de empresários.
O segundo fato é sobre a quantidade de publicidade gasta pela Ceron, que não precisa de tanta campanha para vender seu produto. A empresa não tem concorrente na área e detém o monopólio de distribuição de energia elétrica no Estado de Rondônia.
A população do Estado não merece e nem está preparada para o tipo de campanha publicitária escolhida pela estatal, para chegar aos chamados "gatos." É policialesca, faz medo e mal às pessoas pela simplicidade delas. Coisa digna de discípulo de Lombroso.
A peça publicitária ameaça as pessoas com processo e cadeia, envolvendo até a Polícia Federal na operação contra os pobres que não conseguem pagar suas contas de energia. Isto atinge em cheio a população mais simples, humilde, indefesa.
Aqui pra nós, a Ceron já merecia receber uma visita da Polícia Federal acompanhada de uma operação tipo "Zaqueu," em homenagem ao aterrorizador baixinho cobrador de impostos na época de Jesus Cristo. Assim, tanto o caso da Alusa, já conhecida pelo dinheiro encontrado na cueca do assessor do irmão de José Genoino, como as últimas campanhas publicitárias da companhia, seriam mostradas e justificadas junto aos "incrédulos."
É claro que a estatal não foi criada para dar prejuízo. Mas também não é certo que a companhia pode abusar do seu poder econômico para amedrontar pessoas simples e pobres, de quem vem sendo cobrado tarifas altas, muitas vezes acima do suportável pela população.
Ora, não basta um diretor da empresa, todo blindado, dizer que a Ceron só cobra o que o consumidor gasta pelo medidor, checado e aprovado pelo Inmetro.
Qualquer pessoa, com o mínimo de inteligência, não consegue compreender como uma casa de quatro cômodos, possuindo uma geladeira, uma televisão, dois ventiladores e um ferro de passar roupas, possa pagar 500 reais por mês de energia elétrica.
E mais: Toda vez que novos medidores são instalados na cidade, especialmente nas regiões mais carentes, o consumo de energia na casa dos pobres, miseráveis, vão lá pra cima. Com isso, ninguém consegue pagar sua conta.
E o mais curioso: Na mesma época das instalações dos relógios, também aumenta o volume de publicidade da Ceron na mídia. É só conferir desde os anos de 2003 pra cá.
E o mais curioso: Na mesma época das instalações dos relógios, também aumenta o volume de publicidade da Ceron na mídia. É só conferir desde os anos de 2003 pra cá.
ROBERTO, TRÊS MARIAS E RIO MADEIRA.
Repito: Ninguém consegue entender o prefeito Roberto Sobrinho, quando o assunto é a respeito de uma porcaria chamada transporte coletivo de Porto Velho. É impressionante, mas ele não explica nada do que está acontecendo nesta área. Não fala, não comenta, se tranca como um caramujo. Ou como uma criança que fez alguma coisa de errado.
Sinceramente, não só eu, acredito também que a maioria da população, gostaria de saber qual o interesse do prefeito em continuar mantendo o monopólio das duas empresas de ônibus, a Rio Madeira e a Três Marias sobre o sistema de transporte coletivo em Porto Velho.
A tarifa, proporcionalmente, é a mais alta de todas as capitais brasileiras, menos Brasília. Os ônibus, como já escrevi aqui neste SEM RESERVA, parecem sucatas importadas da prefeitura de Bagdá. Os passageiros não se sentem seguros, devido o estado de sucateamento da frota. O serviço, em geral, é da pior qualidade. Portanto, por que tanta proteção aos donos das empresas de ônibus?
Esta cumplicidade com os empresários, é que leva a população pensar um monte de coisa a respeito do excelente relacionamento entre o prefeito e o cartel Três Marias/Rio Madeira. E agora, para entornar o caldo de vez, só falta Roberto Sobrinho autorizar um novo aumento das tarifas no início de 2008.
PERDE O PÊLO MAS NÃO PERDE O VÍCIO.
Diz a sabedoria popular que "o lobo perde o pêlo, mas não perde o vício." O senhor Roberto Jefferson, presidente do PTB, perdeu o mandato de deputado, por exigência higiênica da democracia; perdeu o direito de disputar a eleição do ano passado e pode perder mais depois que o Supremo Tribunal Federal julgar sua participação no esquema de corrupção dos Correios e do Instituto de Resseguros do Brasil, de onde se arrecadavam propinas para o PTB.
Como mensaleiro enrustino, Roberto Jefferson recebeu 4 milhões de reais do valerioduto. Ele diz que esse dinheiro fazia parte de um acordo com José Dirceu, à época Chefe da Casa Civil, que havia prometido repassar 20 milhões de reais para seu partido, o PTB, no sentido de apoiar o PT nas eleições municipais de 2004. Mas só passou mesmo os quatro.
E agora, eis que surge mais uma vez por estas paragens o trêfego Roberto Jefferson. Em março de 2004, também como presidente do PTB, a convite do sanguessuga Nilton Capixaba, Jefferson desembarcou aqui para o lançamento da candidatura de Renato Lima (ex-secretário do Devop, no governo Bianco) a prefeito de Porto Velho. Na ocasião ele fez um discurso saudando o candidato a prefeitura e ao então deputado federal Nilton Capixaba pela indicação de Renato, dizendo "o que Capixaba faz eu assino, avalizo, rubrico, chancelo." E deu no que deu: Renato Lima não conseguiu sair do lugar, sua candidatura morreu alí mesmo. Quanto ao sanguessuga Nilton Capixaba, caiu em descrédito total. Também foi expelido da Câmara Federal por exigências higiênicas democráticas do eleitorado de rondônia.
E outra vez Roberto Jefferson salta de pára-quedas nas costas da classe política de Rondônia. A convite de quem? Seria do governador Ivo Cassol, que foi convidado por Jefferson para ser o candidato do PTB a presidente da República? Ou foi por que o Exército está nas ruas, e Cassol estaria precisando de um advogado conhecido em Brasília? Ou ainda, pela razão do governador de Rondônia não ser simpático na Praça dos Três Poderes? Neste episódio uma coisa é incontestável: Roberto Jefferson não veio a Rondônia de graça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário