SEM RESERVA - 30/10/2007

A "IMUNDICIDADE" DE ALEXANDRE BRITO

Não é das mais confortáveis a imagem do empresário-médico e deputado Alexandre Brito junto da opinião pública, especialmente em Porto Velho. Sobre ele pesam algumas acusações a respeito de supostos crimes praticados na sua profissão, também chamados de "erros médicos."

Na sua vida de homem público, os sites da Capital de Rondônia, semana passada noticiaram com freqüência o acontecimento de um suposto "GOLPE DO SEGURO," que o empresário-médico-deputado teria criado para receber o valor do sinistro de uma perua Pajero, que o sr. Alexandre Brito diz ter sido roubada e levada para a Bolívia.

Neste episódio existem provas fotográficas que o veículo atravessou a fronteira da Bolívia, passando pelo posto da Polícia Federal na cidade de Epitaciolândia, no Acre, cinco dias antes do deputado-doutor registrar queixa do suposto roubo da Pajero na Polícia de Rondônia.

E o mais curioso: Há quatro meses a Polícia aguarda a presença do médico-deputado na Delegacia, onde ele será interrogado, no sentido de confrontar as informações que as autoridades policiais têm sobre o caso. Neste aspecto comenta-se que o doutor estaria se valendo da "IMUNDICIDADE" parlamentar para adiar seu depoimento.

Na sua vida profissional também existem denúncias de supostos crimes, tanto na área policial como no Judiciário. E, acredita-se, até no Cremero. Um refere-se à suposta morte de um idoso. Outro na cirurgia para redução de estômago de uma senhora tida como obesa, quando na verdade, a obesidade dela se traduzia numa gravidez. Neste caso, conforme informação, não houve óbito.

Mais: Na Delegacia da Mulher, consta queixa contra o doutor deputado, porque durante um exame de endoscopia, feito em uma jovem de 19 anos, o doutor-deputado, depois sedá-la "passou a molestar a paciente tocando nos seus seios." Esse relato foi feito pela moça à autoridade policial.

E tem mais: Quando acabou o efeito do sedativo; a jovem não deixou o ocorrido cair no esquecimento. Alí mesmo, no hospital do doutor-deputado, exigiu que fosse registrada sua indignação contra a atitude desrespeitosa, covarde, imoral, antiética e abjeta do doutor-deputado Alexandre Brito.

Citei aqui neste SEM RESERVA, apenas quatro casos envolvendo o empresário-médico e deputado Alexandre Brito. As provas existem, documentais e testemunhais, como a fotografia da Pajero atravessando a fronteira da Bolívia e o registro de queixa na Delegacia da Mulher, assim como o testemunho de parentes do idoso morto e da senhora que passou por uma cirurgia sem precisar.

Aliás, os suposto crimes do médico-deputado tem provocado mal-estar na sociedade rondoniense. A cada dia, de forma angustiante, percebe-se que o doutor Alexandre Brito tem uma sede insanciável de poder. Prova disso é o volume de propaganda e publicidade despejada na mídia da Capital, visando colocar seu nome sempre em evidência. E é isto que o site "tudorondonia" está fazendo: manter o "doutor cidadão" na crista da onda, mas nas páginas policiais.

"TAXA DE ZÊLO".

Na gravação escondida, que o governador Ivo Cassol fez com os deputados achacadores, exibida em todo Brasil através dos noticiários da tv Globo, a então deputada Elen Ruth, como porta-voz da quadrilha, pediu para Cassol a bagatela de 50 mil reais por mês. Seria uma espécie de "TAXA DE ZÊLo," conforme explicou na hora o "melífluo" deputado Ronilton Capixaba, para que o governo não se preocupasse com o Legislativo.

Como perguntar não ofende, e já passados mais de dois anos, eu pergunto: Quanto seria o cacife hoje para a "TAXA DE ZÊLO," com juros e correção monetária? A população de Rondônia está doidinha para saber. Principalmente agora, depois que um deputado cunhou uma frase plagiando Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena quando a verba não é pequena."

OPOSIÇÃO CONFIÁVEL.

Tem deputado por aí, não só em Rondônia, mas em todo Brasil, que foi eleito como ferrenho oposicionista. Passada a eleição virou fervoroso situacionista. No Legislativo rondoniense, por exemplo, não existe oposição ao governo Ivo Cassol. Até os petistas, que no princípio da atual Legislatura ainda ensaiaram alguns gritinhos de macacas de auditório estão bem comportados.

E, pelo jeito, parece que entraram mudos e vão terminar o mandato calados, sem dizer nada. Do jeito que o Duque de Rolim de Moura gosta. Mas isso, conforme recomenda os cietistas políticos, não é bom para uma administração pública, que fica sem saber o que pensa a opinião popular, geralmente manifestada através do Poder Legislativo.

O Legislativo de Rondônia, até as crianças que vão nascer em 2014, ano da Copa no Brasil, sabem que é um Poder desacreditado e desmoralizado perante a opinião pública brasileira. Isto mesmo, todos os brasileiros conhecem a história da Assembléia Legislativa rondoniense. E da maneira mais vergonhosa.

Os deputados que foram eleitos como oposicionistas precisam entender que oposição é vigilância. Oposição é colaborar criticando, protestando, dizendo não. Sendo governo, o povo que a elegeu fica órfão, porque foi traído por aquele que na campanha era oposição e depois de eleito comporta-se como político da situação.

MINISTÉRIO PÚBLICO, ATENÇÃO!

Na maioria dos estados brasileiros, todo mundo está preocupado com a mistura de soda cáustica e água oxigenada no leite. Em quase todos os supermercados dos País, caixas do produto estão sendo retiradas das prateleiras e destruídas. Aqui em Rondônia, o quê o "Ducado de Rolim de Moura" está fazendo para proteger o povo dos bandidos que envenenam o leite? Até agora, pelo que se sabe, NADA. Os laticínios que "batizaram" o leite lá no Sul, como a Parmalat, também têm usinas no interior do Estado. E poderia muito bem estar usando a mesma técnica adotada pelas cooperativas do Triângulo Mineiro, ou seja, para aumentar o volume e a validade do produto. Outra vez: MINISTÉRIO PÚBLICO, ATENÇÃO!