(Primeira Parte)
Quatro de agosto de 2006. Porto Velho, Capital do Estado de Rondônia amanhece o dia sitiada pela Polícia Federal. Duas das três maiores autoridades do Estado, o desembargador Sebastião Teixeira Chaves, presidente du Tribunal de Justiça e o deputado Carlão de Oliveira, presidente da Assembleia Legislativa são presos e algemados, acusados pelo desvio de 70 milhões de reais dos cofres públicos.
"UM ESTADO ATRÁS DAS GRADES "
Terceiro aniversário - primeira parte
"Um Estado atrás das grades." Essa foi a manchete principal da capa do jornal "O Globo," edição de 5 de agosto de 2006. Um dia antes a Polícia Federal, através da Operação Dominó, prendeu algumas das autoridades mais importantes de Rondônia, com destaques para o presidente do Legislativo, deputado Carlão Oliveira, hoje um rico pecuarista, e o presidente do Judiciário, Sebastião Texeira Chaves, atualmente aposentado com todos os direitos e vantagens do cargo que ocupava. Eles foram acusados de participarem do roubo do dinheiro do Estado no valor de 70 milhões de reais, a partir de um golpe na Assembleia Legislativa rondoniense.
Foi preso também o chefe da Casa Civil do Governo de Rondônia, Carlos Magno Ramos, na época candidato a vice na chapa do governador Ivo Cassol. E hoje, apesar de tudo, Carlos Magno foi premiado com o cargo de Secretário de Agricultura do Estado.
Ao todo foram presas, no dia 4 de agosto de 2006, pela PF, 24 pessoas, entre elas estavam lá o ex-procurador de Justiça, José Carlos Vitachi, o juíz José Jorge Ribeiro Luz, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Edilson Souza Silva. Todos eles, conforme consta do relatório da Polícia Federal, publicado pelo O Globo, faziam parte da quadrilha responsável pelo desvio dos 70 milhões de reais dos cofres públicos.
Nas páginas internas (3 e 4) da mesma edição, O Globo usou um título mais forte ainda, mancheteando duas cabeças de páginas com o título "Os Podres Poderes de Rondônia," para destacar a reportagem sobre o assalto ao Poder Legislativo, presidido por Carlão Oliveira. A matéria dizia que as gravações da PF, autorizadas pela Justiça, "revelam tráfico de influência nos poderes do Estado. O desembargador Sebastião Teixeira Chaves, presidente do TJ e o deputado Carlão de Oliveira, presidente da Assembleia trocavam favores que iam desde o desbloqueio de bens irregulares pertencentes a Carlão, até projetos de aumentos abusivos e ilegais de salários no Judiciário."
O presidente do TJ, Sebastião Teixeira fez história no desvio do dinheiro da Assembleia. De acordo com o jornal "Folha de São Paulo," edição de 8 de agosto de 2006, "ele atuou sistematicamente para influenciar colegas da magistratura assinar decisões favoráveis ao deputado Carlão Oliveira, acusado de vários crimes."
O relatório reservado da PF, como está em O Globo de terça-feira, também de 8 de agosto de 2006, escreve matéria dizendo que "Sebastião Chaves tentou desde o desbloqueio de vários bens do deputado Carlão até a suspensão da cassação do mandato do prefeito de Ouro Preto do Oeste, Irandir Oliveira Souza, protegido do deputado Ronilton Capixaba, aliado de Carlão."
Foi a primeira vez na história da magistratura, que um desembargador presidente de Tribunal de Justiça foi preso e algemado em pleno exercício do cargo. Sebastião Teixeira Chaves ficou detido na carceragem da PF, em Brasília.
Segundo o relatório sigiloso da Polícia Federal, publicado no jornal O Globo, de 8 de agosto de 2006, Sebastião Teixeira Chaves estava tentando agradar Carlão Oliveira em troca de um aumento ilegal de salários para os magistrados de Rondônia.
A Polícia Federal interceptou comprometedoras conversas do desembargador Sebastião Teixeira com Carlão e o juíz José Jorge Ribeiro da Luz.(Continua amanhã, na segunda parte da retrospectiva sobre o assalto à Assembleia Legislativa de Rondônia).
Curto e Grosso
Em duas oportunidades o esperto príncipe dos operários disse o seguinte: "Ninguém pode julgar um homem com a biografia de Sarney." Poucos dias depois ele fala: "Não tenho nada com Sarney, não votei nele, isso é com o Senado." Agora responda, se for capaz: Qual dessas afirmações está valendo? Ou será que existe outra?
E por falar em Lula, o príncipe dos operários, e suas incertezas no que diz, pelo menos em três coisas ele não mudou: Do Corinthians, da mulher e da cachaça. Hoje não faz o que falava e faz o que não falava.
As obras que a prefeitura de Porto Velho tanto alardeia na mídia, são verdadeiras sinfonias inacabadas.Pelo que o prefeito diz, mentir não é mais pecado, se for ele tá perdido com o capeta.
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