06 agosto 2009

"PODRES PODERES DE RONDONIA"

"Operação Dominó" - (terceira parte)


O GRUPO AGIA DESDE 2003


A quadrilha tinha ramificações em todos os poderes constituidos e em diversos segmentos sociais, incluíndo aí parte da imprensa e das igrejas cristãs. O bando de Carlão comprava tudo e a todos para abafar seus crimes. Até o nome de Jesus Cristo foi usado como curinga fácil para encobrir roubos, injustiças e misérias inconfessáveis

A super-superfaturada obra de reforma do prédio da Assembleia Legislativa, nas visitas de pastores diversos, padres, bispos, pai de santo, entre outros que se dizem representantes de Deus, nunca negaram dar suas "bençãos" à corrupção intalada no Poder Legislativo. Em algumas ocasiões, para agradar a quadrilha, agiram até como Pilatos: lavaram as mãos no momento que se exigia uma posição das igrejas.

A reforma do prédio da Assembleia, durante um ano e meio tornou-se a maior atração turistíca de Porto Velho. Era a obra do século. Qualquer autoridade que visitasse a Capital era obrigado a conhecer a réplica do jardim da Casa da Dinda, desculpe, da Casa do Povo."

Dos Crimes

Pelas investigações da Polícia Federal, o grupo cometia os crime na Assembleia, onde desviava dinheiro público por meio de folhas de pagamentos fantasmas, formadas por cabos eleitorais, parentes de deputados e de juízes, no Judiciário, com vendas de sentenças que favoreciam parlamentares; e no Tribunal de Contas do Estado, que aprovava contas duvidosas do Executivo e fechava os olhos para a sujeirada do Legislativo. Dos 24 deputados, conforme o jornal "Correio Brasiliense," edição de 15 de agosto de 2006, "apenas Neri Firigolo não foi envolvido na fraude."

A procuradora do Ministério Público Federal, Déborah Duprat acatou todos os indiciamentos propostos pela PF. Segundo a denúncia da procuradora, a "organização criminosa era formada por dois núcleos: um de obtenção de ganhos econômicos e outro de influência estatal. O primeiro formado pelos deputados estaduais liderados pelo presidente da Assembleia, Carlão Oliveira. Esse núcleo começou a atuar em 2003, quando o parlamentar chegou a presidência do Legislativo. De acordo com a denúncia ele foi responsável pelo desvio de 70 milhões de reais. "E mantinha o poder distribuindo benesses para se manter no cargo."

O segundo núcleo da organização criminosa agia desde 2005 e sua atrbuição era encobrir todos os delitos da quadrilha. Para tanto, contava com um representante no Tribunal de Justiça, no Tribunal de Contas, além da participação do procurador de Justiça, José Carlos Vitachi e de alguns setores da imprensa. A participação do membro do Ministério Público está restrita ao episódio de relaxamento da prisão de Moisés, irmão de Carlão, Marlon, o cunhado, e Haroldinho, filho do deputado Haroldo Santos, em troca da aprovação de projeto de vencimentos dos membros do Ministério Público.

A organização criminosa, instalada na Assembleia, também desviou recursos públicos ao assinar ilegalmente com bancos contratos de empréstimos consignados com descontos em folha. Ao todo foram 24 pessoas presas, além das autoridades. (Amanhã o final da "Operação Dominó." Entenda a roubalheira da Assembleia Legislativa de Rondônia)








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