DUCADO DE ROLIM DE MOURA.

Antes de 1930, segundo Jorge Amado, no seu livro "Presença Política," a eleição era falsa, mas a representatividade verdadeira. Depois de 30, a eleição passou a ser verdadeira, mas a representatividade é falsa. Poderia citar aqui alguns exemplos de representações parlamentares fracas, abjetas. Nesse caso destaco o desmoralizado Senado Federal, presidido pelo trêfego Renan Calheiros, e a subserviente Assembléia Legislativa de Rondônia e seus 24 vassalos a serviço do DUCADO rolimourense.

Hoje, no Brasil inteiro, a auto-estima do povo está arrasada. E não é pra menos. Acontecimentos recentes como o desastre do avião da TAM, provocado ( ? ) por que ou por quem, a bagunça no sistema aéreo, o superfaturamento em 9 de cada 10 obras executadas pelo Infraéro, a incompetência e despreparo da turma do PT que tomou conta da Anac, além das acusações que pesam em cima do trêfego presidente do Congresso Nacional. Tudo isso é deprimente.

A corrupção e o enriquecimento ilícito tornaram-se fatos corriqueiros no País. E a população não diz nada. Tolera tudo. E o pior: ainda elege e reelege conhecidíssimos corruptos, para o Executivo e para o Legislativo nas eleições do ano passado. Rememoremos, portanto, os escândalos que enlamearam a nação brasileira: o mensalão, o valerioduto, os sanguessugas, os vampiros da saúde, os aloprados amigos de Lula, os gafanhotos de Roraima, a operação dominó, que prendeu em Rondonia os Presidente dos Poderes Legislativos, Judiciário e um funcionário do primeiro escalão do executivo. Além de um Juiz, de um Conselheiro do Tribunal de Contas, de um ex-procurador de Justiça, e de vários funcionários da Assembléia Legislativa e alguns empresários que faziam parte da quadrilha.

Fatos graves com os elencados aqui, derrubariam o governo e fariam revoluções em quaisquer paises ciosos de seus direitos. Entretanto, no governo petista de Lula da Silva viraram folclore. Prova disso está na eleição e reeleição de políticos e empresários que, em um passado não muito distante, chafurdavam na lama à vista de toda Nação Brasileira.

No Brasil, além de conhecidas organizações criminosas, chefiadas pelos Beira-Mar e os Marcolas da vida, criou-se uma outra organização do crime, uma estrutura político-social organizada. Ela está incrustada no poder e age de maneira sistêmica e orgânica, comprando votos e consciências e violentando o funcionamento das instituições republicanas.

É por isso que homens bem intencionados afastam-se da política, conforme declarou o cantor e comediante Moacir Franco, no programa do Jô Soares, pedindo perdão a Deus por ter sido deputado Federal numa legislatura.

Declarações como as de Moacir Franco criam uma reserva de mercado e um vasto campo de atuação para os setores podres da sociedade que fazem da políca e da atividade pública uma profissão, tendo como única meta atingir seus objetivos pessoais, como é o caso do presidente do desmoralizado Senado Federal e dos 24 vassalos da Assembléia Legislativa de Rondônia e seus generosos serviços para agradar o DUCADO de Rolim de Moura.


CPI DO SINTERO (l)

Até as criancinhas que vão nascer em 2010 sabem que a decantada CPI do Sintero não vai dar em nada. Aquilo alí, caro leitor, é jogo para terminar em O a O ou 20 a 20. Ora, tanto de um lado como de outro, a maioria tem um rabo que vai de Porto Velho a Porto Alegre. É como se diz lá nas Minas Gerais: macaco senta em cima do ramo e fica falando do rabo dos outros.

CPI DO SINTERO (2)

No site do Judiciário, quem se atrever a procurar, possivelmente vai encontrar nomes de figurinhas carimbadas do Sintero e da Assembléia, acusados por algum crime. Na Delegacia da Mulher, em Porto Velho, por exemplo, existem queixas registradas contra um parlamentar, importante membro da CPI, que, através de atos libidinosos, teria abusado de adolecentes pobres que vivem na periferia da cidade.

E o pior: o dito cujo quando se vê ameaçado por suas vítimas, procura logo comprar espaços na mídia e abrigo sob as asas de uma igreja qualquer, seja católica ou evangêlica, para abafar a sua fama de molestador sexual. E tem encontrado guarida, porque hoje, na maioria das igrejas, os bem-aventurados são aqueles que têm estatus social, dinheiro e poder político.


A COBRA TÁ FUMANDO

A medida que o vereador Kruger Darwich vai denunciando o vergonhoso esquemão para a construção do Shopping dos canadenses, os esqueletos vão saindo rápidos dos empoeirados armários da prefeitura. Os documentos que circulam por aí, além de comprometer funcionários do Executivo Municipal, pega de raspão na Ancar e na Acinox. A papelada sinaliza que estaria havendo má fé na doação dos terrenos do município ao grupo do Canadá. O prefeito Roberto Sobrinho, ao que tudo indica, poderia estar sofrendo da mesma doença de Lula: não vê nada e nem sabe de nada. Ou sabe, mas finge que não sabe. O certo é que a cobra encontrada, se banhando no Canal da Penal, tá fumando.

NO OLHO DO FURACÃO

O governador Ivo Cassol, quando acusado de algum crime, sempre usa a velha tática de que a melhor defesa é o ataque. Foi assim no caso da gravação do vídeo dos deputados achacadores, veiculado pela tv Globo para todo o Brasil e no episódio do garimpo de diamantes do rio Roosevelt, em 2005.

Agora, denunciado ao Supremo Tribunal Federal, pelo procurador do Ministério Publico Federal Eleitoral, por compra de voto na eleição do ano passado, Cassol apela outra vez para o ataque a fim de se defender das acusações do procurador. Para isso, como fez em outras ocasiões, mandou sua assessoria de Comunicação convocar toda imprensa amiga e inimiga (mais a amiga que a inimiga), para uma carnavalesca coletiva, desta vez no quintal do Tribunal Regional Eleitoral, o TRE, para entregar solenemente ao presidente do TRE, Gabriel Marques, uma carta espinafrando a vida do procurador eleitoral.

É aí que mora o perigo: Rondônia, como todo mundo sabe, não existe oposição ao governo. A Assembléia Legislativa é formada por 24 vassalos que obedecem cegamente ao DUCADO rolimourense e o Judiciário vive de pires na mão mendigando recursos do Executivo. Portanto, aqui, no terreiro cassolista, a denúncia do procurador pode até não dar em nada. Agora, lá em Brasília, no olho do furacão, onde o governador Cassol não é nada simpático aos poderes da República e nem aos partidos políticos, tudo pode acontecer, até cassassão de mandatos.