04 setembro 2007

SEM RESERVA - 04/09/2007

Quem quiser praticar um jornalismo honesto aqui em Rondônia, mostrando a realidade dos fatos, denunciando a mentirada e apontando os nomes dos enganadores do povo, será perseguido e decapitado, como João Batista, que teve coragem de denunciar Heródes, devido abandonar as prioridades do seu país para viver aventuras amorosas com sua cunhada, mulher do seu irmão.

Nos dias atuais o ilícito já foi beatificado com os escândalos do governo do PT de Lula da Silva. Agora só falta canonizar a corrupção e o Senado de Valdir Raupp, Fátima Cleide, Expedito Júnior, Romero Jucá decretar o DIA DA SANTA CORRUPÇÃO, para ser comemorado com a absolvição do magarefe mentiroso conhecido como Renan Calheiros.

O Papa Paulo VI dizia que "a política é a mais perfeita forma de caridade." Isto porque ela tem a ver com "o pão que comemos, com o transporte que utilizamos e com a qualidade do trabalho que temos e fazemos, ou do sistema escolar que frequentamos."

Aqui pra nós, se a política é quem determina a forma da convivência social, então cabe ao jornalismo sério, independente e com credibilidade, continuar atento e fazendo o seu papel de detective da população. De que jeito? Desnudando as aparências e mostrando que há outros fatos sob os fatos às vezes mais relevantes.

Apesar de parte da imprensa de Rondônia, aliás, de todo o Brasil, ainda ser servidora de feudos políticos e de grupos, com o crescimento da comunicação surgiu um tipo de jornalismo moderno que permite uma faixa de leitura livre dos fatos sem vínculos de interesses.

E este jornalismo moderno tem como exemplo o "Programa Jô Soares," sempre na quarta-feira, debatendo assuntos de interesse nacional com quatro excelentes jornalistas. A participação das "Meninas do Jô" têm ajudado brilhantemente desmascarar o Brasil arcaico que teima permanecer vivo. Elas são um útil instrumento para se buscar a verdade neste mar de corrupção e mentira num país que não consegue se consertar.

Tem gente que ainda não sabe que as coisas estão mudando. Quando recebe uma crítica séria, embasada em fatos reais, ou às vezes até de domínio público, quer processar o jornalista, pensando que vai ficar rico da noite para o dia com os pedidos de indenizações por danos morais e materiais.

Cobrar neutralidade de jornalista. Falar que o jornalismo tem de ser neutro, está certo. Mas a neutralidade, aqui em Rondônia, é como fantasma, só existe na cabeça de algumas pessoas. Na prática, alguém assume sempre posições, mas quase nunca a favor do povo. A verdade é esta: não toma posição, apenas vende. É isto mesmo: vende posição de acordo com o valor do dinheiro pago.

Quando fico sabendo de casos de suborno e de achaque, por parte de alguns conhecidos jornalistas, especialmente na área política, lembro-me do senador Antonio Carlos Magalhães, morto recentemente. ACM, como era conhecido, dizia que "há dois tipos de jornalistas: os que gostam de dinheiro e os que gostam de informação. Nunca se deve dar dinheiro aos que querem informação. E nem informação aos que querem dinheiro."

Não é uma imagem dignificante do jornalista, por pressupor a possibilidade do suborno e do achaque: se não servir a informação, o dinheiro resolve. A frase de ACM, exagera, mas tem ingredientes de verdade, particularmente em Rondônia. Favores e informação são, de fato, instrumentos para tentar neutralizar o jornalismo honesto e independente.

As pessoas estão dividas em diferentes classes sociais:umas mais ricas e muitas bem pobres. Mas isto não é de agora, vem desde os tempos de Jesus Cristo. E, pelo que narram os quatro evangelistas, Cristo sempre posicionou ao lado dos mais necessitados e que precisavam de ajuda especial. Por isso foi acusado de subversivo, preso, torturado e assassinado como um bandido.

Um repórter, quando denuncia um político por explorar pessoas simples, humildes, ou por fazer acordos escusos em benefício próprio, aí é perseguido, ameaçado e processado. Até por colegas de profissão. Procura-se formas para calar os que dizem a verdade. Chega a ser assustador, mas é a realidade. Na imprensa também existem homens despóticos, amantes da força coercitiva, jornalistas com mentalidade de caudilho.

O que certos políticos querem, especialmente do PT, é impedir que o jornalismo sério e honesto, que não se vende, seja contido por uma mordaça. E isso foi confirmado pelo ex-ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, acusado de chefiar a quadrilha do mensalão, no programa "Canal Livre," da Tv Bandeirantes, de domingo, 2 de setembro. Ele disse que o Brasil precisa criar urgentemente um Conselho Federal de Imprensa, para coibir o abuso dos jornalistas que denunciam as bandalheiras do governo do PT. O que o chefe da quadrilha do mensalão não sabe é que, acorrentar a imprensa é acorrentar ao mesmo tempo a mentira e a verdade. É acorrentar o próprio espírito humano.

FAÇA SEU JOGO

Muito sentida a ausência de "Cirano de Berjerac" nos cassinos clandestinos de Porto Velho. Talvez em obediência a um conselho paternal do chefe maior, que estaria se sentindo desconfortável, o trêfego afilhado teria dado um tempo.´´ No entanto, os frequentadores das casas de jogos de azar, acostumados com a presença constante do narigudo, estão torcendo pela volta do generoso REI DO PANO VERDE.

CASSAÇÃO DE MANDATO

O senador e ministro Alfredo Nascimento foi denunciado ao TRE do Amazonas e pedida a cassação do mandato. E do suplente, que é amicíssimo de Lula. Denúncia aceita. Agora é só esperar, sentado.

CORRUPÇÃO

Uma geração de políticos fez escola neste país ao realizar grandes obras a preços superfaturados e ficou conhecida pelo mote "rouba, mas faz." Para surpresa geral, surge agora uma nova geração, pior do que a anterior, capaz de aprovar emendas no Orçamento e liberar verbas públicas para pagar obras e serviços não realizados. Com toda certeza essa cambada de políticos merece ser chamada de "os que roubam, mas não fazem." Vide duplicação da BR, de Candeias a Unir e da iluminação, que já foi paga, e continua no escuro.É só perguntar para os estudantes das faculdades que existem na área.

CRIME ORGANIZADO

Nunca no Brasil, a corrupção e o crime organizado foram tão íntimo dos poderes como agora. Só nos últimos três meses, com as operações da Polícia Federal, foram presos um ex-vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho, um delegado da Polícia Federal, um ex-governador, o filho de um outro ex-governador, parentes próximos de um governador, dois prefeitos, um assessor especial de um ex-ministro...Um ministro afastado. Isto sem falar no magarefe Renan Calheiros, "troféu mentira 2007." Num país onde o poder abriga mensaleiros, sanguessugas e vampiros, o crime organizado tem tudo para crescer.

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