SEM RESERVA - 25/10/2007.

RINHA DE GALO

TERMINOU A BRIGA DA RINHA DE GALO ENTRE O EXÉRCITO E O GOVERNO DE RONDÔNIA, POR CAUSA DE UM TERRENO ONDE SERIA CONSTRUIDO UM TEATRO. FOI A COISA MAIS RIDÍCULA E MESQUINHA QUE JÁ SE VIU NO ESTADO. UMA VERGONHA.

EM PLENO SÉCULO XXI, QUANDO TODO MUNDO BUSCA SOLUÇÃO PARA A PAZ, NO BRASIL, AQUI EM RONDÔNIA, NA CAPITAL DO ESTADO, TUDO É DIFERENTE: DUAS INSTITUIÇÕES, O 17° BIS E O GOVERNO DO ESTADO, QUE DEVERIAM ZELAR PELO BOM SENSO DA COISA PÚBLICA, FICAM DIGLADIANDO NUMA RINHA PELA POSSE DE UM LOTE NA ÁREA CENTRAL DA CIDADE, LEVANDO PÂNICO E REVOLTA À POPULAÇÃO, NUMA DEMONSTRAÇÃO DE FORÇA.

É NESTE INSTANTE QUE SE CARACTERIZA O QUANTO SÃO FRÁGEIS AS INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS; O QUANTO ESTE PAÍS ESTÁ POBRE DE VALORES INTELECTUAIS E O QUANTO ALGUNS HOMENS AINDA ESTÃO DESPREPARADOS PARA O EXERCÍCIO DE UMA FUNÇÃO PÚBLICA.

DOUTOR TACREDO NEVES ENSINAVA QUE "VOCÊ NÃO PODE FAZER POLÍTICA SEM EMOÇÃO. MAS AS DECISÕES EM POLÍTICA SÃO TODAS CEREBRAIS, E OS QUE NÃO A PRATICAM EM TERMOS DE UM ATO DE DISCERNIMENTO INTELECTUAL ACABAM SEMPRE FRACASSANDO."

NO TRISTE EPISÓDIO DO LOTE DO TEATRO DE PORTO VELHO, BASTAVA APENAS UM TELEFONEMA, SIMPLES E CIVILIZADO, QUE TUDO SERIA RESOLVIDO SEM TRAUMAS. MAS, INFELISMENTE, AINDA EXISTEM HOMENS QUE A CABEÇA É COMO TERRENO BALDIO, ONDE HÁ SEMPRE ALGUÉM JOGANDO ALGUMA SUJEIRA.

DEBAIXO DO TAPETÃO DO SENADO

No cenário de sucessivos escândalos políticos, impunidades e acordos vergonhosos, muitas vezes incentivados pelo próprio governo Lula da Silva, a Mesa do Senado mais uma vez deu a sua contribuição. Conseguiu, em um só dia, terça-feira, 23, desagradar a população em dose dupla.

Primeiro decidiu congelar a sexta representação contra o senador Renan Calheiros, na qual é acusado de liberar recursos por meio de emenda parlamentar para uma empreiteira fantasma, de um ex-assessor de seu gabinete.

Segundo optou pelo arquivamento, por unanimidade, da representação contra o senador mineiro Eduardo Azeredo, do PSDB, acusado de comandar o esquema de corrupção do mensalão de Minas Gerais, quando tentava se reeleger governador em 1998.

Isso quer dizer que mais uma vez a CPMF entra como carta na manga dos jogos partidários, entre PT, PMDB e o PSDB. Azeredo salvo, pontos acumulados para a prorrogação da contribuição, que de provisória não tem nada, paga pela população. Até as criancinhas que vão nascer em 2010 sabem disso. Está mais que explícito.

Debaixo do tapetão azul do Senado cabe muita sujeira, uns ficam no freezer e outros descem para o arquivo morto. Continuamos sendo amadores perante nossos políticos, verdadeiros profissionais na arte de conduzir a realidade a favor dos seus interesses particulares. O coletivo? Que sifu pra lá. E viva a impunidade!

MAL DE IBOPE

Olhaí, não é dos melhores o Ibope do Governador Ivo Cassol lá por Brasília. A coisa tá feia. Tanto no Executivo como no Legislativo, e também no Judiciário, Cassol não desfruta de simpatias. Até entre os partidos políticos o governador não é benvindo. Talvez ele tenha alguma chance no PTB de Roberto Jefferson e do sanguessuga Nilton Capixaba.

E LÁ SE VAI A AMAZÔNIA

Como sempre, pleno de orgulho cívico, Lula da Silva continua dizendo que a "Amazônia tem dono," quando se comenta sobre a cobiça internacional pela região. Parabéns para o presidente, por defender a soberania nacional. Mas tem um problema: se somos donos da Amazônia, e se pretendemos preservá-la, por que o governo do PT está vendendo a floresta?

Por projeto de lei proposto por Fernando Henrique Cardoso e aprovado no Congresso depois que Lula assumiu o governo do Brasil, qualquer estrangeiro pode arrendar por 40 anos, renováveis por mais 40, glebas amazônicas do tamanho do Estado de Sergipe, com licença para explorar madeira e sem licença, mas tanto faz, para exportar espécies variadas da flora, além de prospectar minerais nobre. E o pior: A chamada "bancada da Amazônia" no Congresso Nacional não vê essas coisas. Toda ela é cega, por conveniência.

Tempos atrás, um ricaço europeu já proprietário de parte da Amazônia recomendou a outros colegas que comprassem o quanto pudessem, pois era "um bom negócio." Bom negócio pra quem, cara pálida?