20 agosto 2009

A MENTIRA DURA MUITO ENQUANTO A VERDADE NÃO CHEGA



Num depoimento corajoso, algum tempo atrás, no Senado Federal, a ministra Dilma Roussef, que foi presa e torturada pela ditadura militar, disse que "o preso, quando torturado, tem o dever de mentir para enganar o inquisidor ou o torturador."

No entanto, isso nada tem a ver com a mentira no poder, com o uso da mentira como instrumento político ou de governo. Dona Dilma Roussef chegou ao governo do esperto Lula com a imagem de mulher séria, honrada, provada na resistência à ditadura e competente para enfrentar e resolver problemas.

De repente, ou mais do que isso, dona Dilma muda tudo. É só surgir uma crise que ela, como uma possuida pela coisa ruim, repete servilmente a mesma ladainha do esperto Lula: não sei de nada, não vi, não é comigo.

Hoje, no currículo da dona Dilma, existe uma tragetória de mentiras. Vamos lembrar algum deles no seu reinado na Casa Civil:

1) - Da Casa Civil do esperto Lula saiu um dossiê sobre os gastos palacianos no governo Fernando Henrique , dele e de dona Ruth Cardoso. Dona Dilma disse que não sabe de nada e muito menos quem preparou aquilo. Mas a própria Polícia Federal apurou que tudo começou no gabinete da ministra.

2) - Armou-se nas ante-salas do Planalto um poderoso lobby para entregar a VARIG a um grupo empresarial americano.

3) - A jornalista Eliane Catanhede, da Folha de São Paulo, escreveu à época, na sua coluna, que o presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi vivia no Palácio do Planalto e não dava um passo sem consultar dona Dilma sobre o caso da VARIG.

4) - O compadre de Lula, Roberto Teixeira, advogado do grupo que queria herdar a VARIG, metido com a aviação, também visitava muito a Casa Civil. Mas dona Dilma jurou que não tinha nada a ver com a salvação da VARIG e não sabia de nada.

5) - Em junho do ano passado, no auge da polêmica, sobre a venda da VARIG, somente após a pressão da imprensa nacional, dona Dilma admitiu que o advogado Roberto Teixeira havia sido recebido pelo menos duas vezes na Casa Civil, claro, em encontros que não constava da agenda pública.

É um fato atrás do outro, cada qual mais suspeito e inexplicável. Como, por exemplo, o dossiê dos aloprados. E dona Dilma jurando que não sabia, como Waldomiro Diniz, José Dirceu, e também o esperto Lula "não sabiam do mensalão."

Agora chegamos ao máximo do não vi, não sei, não me contaram da dona Dilma Roussef. Ontem a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, foi a Comissão de Justiça do Senado para ser ouvida sobre sua denúncia de que dona Dilma a chamou a seu gabinete e pediu para ela agilizar (engavetar) o processo contra Fernando Sarney, nada mais nada menos que filho do nomeador geral do Brasil, senador José Ribamar Sarney.

Mas o que se estranha nisso tudo é porque dona Dilma continua mentindo diante das evidências. Pô, custa dona Dilma honrar o que ela fez?

No caso da ex-secretária da Receita, Lina Vieira, que dona Dilma diz não ter encontrado, pra que ela iria mentir? Qual o interesse de Lina Vieira? Quem tem muito interesse no episódio só pode ser a dona Dilma, uai!

O que não dá para entender mesmo, é como dona Dilma Roussef, ministra chefe da Casa Civil, presta-se ao ridículo papel de tentar negar o que fez, de querer dizer que não fez o que sabe muito bem que fez.

O que dona Dilma precisa fazer urgente é parar de pensar e fingir que já é, sem jamais ter sido.

Curto e grosso

O que sobrou da sessão de ontem do Senado? A grandeza de Arthur Virgílio se defendendo e a emocionante confissão do senador do Paraná, Flávio Arns: "O PT, meu partido, jogou a ética no lixo, estou envergonhado de ter escolhido o PT como meu Partido."

Há muito não se ouvia um pronunciamento tão vibrante, brilhante e conflitante com quase tudo que está em volta dele. Que bom, ainda existem senadores no Senado e isto não é redundância.

O PT virou um bagaço. O desgaste é de tal ordem que ninguém do partido respondeu, por mínimo que fosse, a palavra do senador Flávio Arns. Nem quando ele deixou a tribuna, algum senador do Partido dos Trabalhadores ou aliados do esperto Lula, teve coragem de contestá-lo.





07 agosto 2009


TENTÁCULOS NOS TRÊS PODERES

(Operação Dominó)

Veja como integrantes dos três poderes do Estado de Rondônia atuavam
para cometer crimes, segundo investigações da Polícia Federal.


Entenda a roubalheira

1) - O presidente da Assembleia, deputado Carlão de Oliveira, incluiu na folha de pagamento do Legislativo parentes, amigos, correligionários e funcionários laranjas. Em troca, ele recebia destas pessoas parte do dinheiro pago como salários. Dos 24 deputados, apenas um não usou este artifício para arrumar dinheiro.

2) - Uma folha de pagamento paralela foi criada sem registro na contabilidade da Assembleia para a contratação de funcionários comissionados, encarregados de transferir o dinheiro para os deputados. Nesta folha foram incluídas pessoas que nem sabiam que eram "empregados" da Assembleia. O dinheiro do salário era desviado para contas dos parlamentares ou destinados a quitar suas dívidas de campanha.

3) -O presidente Carlão de Oliveira contratava empresas para a prestação de serviços, manutenção e fornecimento de equipamento de informática, transferência de dinheiro para a Siggnus Factoring e até locação de taxi aéreo. Passagens aéreas eram emitidas para viagens particulares de amigos, correligionários e parentes do presidente do Legislativo.

4) - Diretores da Assembleia, sob o comando de Carlão de Oliveira, falsificaram contra-cheques e aumentaram de forma fictícia os salários para conseguir empréstimos consignados em quatro bancos. O dinheiro dos empréstimos era desviado para os parlamentares.

5) - A Assembleia aprovou aumento de salários para desembargadores e juízes. Depois, uma decisão liminar de um desembargador libertou um irmão de Carlão, mais um cunhado dele chamado Marlon e o "Haroldinho," filho do deputado Haroldo Santos, todos três presos pela PF em razão das fraudes administrativas. Outra troca teria sido o aumento dos salários dos membros do Ministério Público, que deixaria de fazer denúncias contra a Assembleia.

6) - O governador Ivo Cassol nomeou Edílson de Souza Silva, ligado a Carlão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Em troca, a Assembleia amenizava a oposição ao governo.

Sistema de Inteligência


Os deputados de Rondônia, conforme publicou o jornal "Correio Brasiliense," em 7 de agosto de 2006, "queriam criar um sistema de inteligência." Na casa do deputado Carlão de Oliveira foi encontrado um livro detalhando o esquema. "A Polícia Federal apreendeu na casa do deputado Haroldo Santos dois documentos reveladores escritos em um computador, também apreendido, mostrando uma estratégia para chantagear procuradores encarregados de investigar fraudes na Assembleia, e como agir contra denúncias veiculadas pela imprensa e TVs e na briga com o governador Ivo Cassol.

Investigações da Polícia Federal, na "Operação Dominó," conforme quadro abaixo, detalham o valor desviado por deputados estaduais envolvidos no esquema deflagrado na fatídica sexta-feira, dia 4 de agosto de 2006, quando foram presas 23 pessoas.

Os 23 deputados envolvidos no esquema

1- Carlão de Oliveira............................. R$ 1.401,500
2- Kaká Mendonça................................ R$ 1.130,100
3- Emílio Paulista.....................................R$ 936.000
4- Ronilton Capixaba...............................R$ 919.900
5- Haroldo dos Santos..............................R$ 898.800
6- Ellen Ruth.............................................R$ 887.500
7- Leudo Buriti..........................................R$ 811.500
8- Daniel Néri............................................R$ 800.500
9- Edison Gazoni.......................................R$ 760.000
10-Maurão Carvalho................................R$ 754.500
11-Chico Paraíba.......................................R$ 705.500
12-Marcos Donadon.................................R$ 694.400
13-Everton Leoni......................................R$ 693.600
14-Renato Veloso......................................R$ 667.400
15-Amarildo Almeida...............................R$ 604.400
16-Edésio Martelli....................................R$ 598.200
17-Neodi de Oliveira................................R$ 344.500
18-Deusdete alves....................................R$ 343.400
19-Doutor Carlos.......................................R$ 299.000
20-João da Muleta................................... R$ 240.000
21-Nereu Klosinki.....................................R$ 182.000
22-Beto do Trento....................................R$ 172.400
23-Paulo Moraes.......................................R$ 153.000

Cadeia só para os 3 Ps


Encerrando esta retrospectiva sobre a quase esquecida "OPERAÇÃO DOMINÓ, que em 4 de agosto de 2006 desbaratou uma organização criminosa, com ramificações em todos os poderes constituídos de Rondônia
, para assaltar os cofres da Assembleia Legislativa Rondoniense, mais uma vez fica caracterizado que ainda prevalece a máxima que "no Brasil só vai para cadeia pobre, prostituta e preto".

O senador Pedro Simon, certa vez disse, com muita propriedade, que "o grande dilema brasileiro
do final do século XX é que se criou uma jurisprudência segundo a qual processo envolvendo gente rica e importante, não é para acabar nunca. Não é para colocar ninguém na cadeia. E não se pode criticar quem tem esta impressão. Basta examinar como andam os processos de gente importante e abrir as cadeias para ver quem está lá dentro."

Hoje, na linguagem acessível e sincera do povo, quem já roubou uma vez, roubará várias. E mesmo com todos os predicados que tiverem ninguém se iluda com eles: LADRÃO É LADRÃO.

Os exemplos e postura de certos políticos de Rondônia à frente do dinheiro público aniquilam o Estado, não apenas materialmente falando, mas principalmente por dizimar os demais valores imprescindíveis na formação moral das pessoas.

Existem políticos incompetentes, mas honestos. Outros competentes honestos, mas sem dedicação à causa pública. Alguns, muito competentes, mas profundamente desonestos. Entre todos o mais útil para o grupo social, é o honesto competente e com disposição para trabalhar pela coletividade. EM QUALQUER CIRCUNSTÂCIA, UM POLÍTICO OU UM JUÍZ DESONESTO É O QUE HÁ DE MAIS NOCIVO PARA UM POVO.





06 agosto 2009

"PODRES PODERES DE RONDONIA"

"Operação Dominó" - (terceira parte)


O GRUPO AGIA DESDE 2003


A quadrilha tinha ramificações em todos os poderes constituidos e em diversos segmentos sociais, incluíndo aí parte da imprensa e das igrejas cristãs. O bando de Carlão comprava tudo e a todos para abafar seus crimes. Até o nome de Jesus Cristo foi usado como curinga fácil para encobrir roubos, injustiças e misérias inconfessáveis

A super-superfaturada obra de reforma do prédio da Assembleia Legislativa, nas visitas de pastores diversos, padres, bispos, pai de santo, entre outros que se dizem representantes de Deus, nunca negaram dar suas "bençãos" à corrupção intalada no Poder Legislativo. Em algumas ocasiões, para agradar a quadrilha, agiram até como Pilatos: lavaram as mãos no momento que se exigia uma posição das igrejas.

A reforma do prédio da Assembleia, durante um ano e meio tornou-se a maior atração turistíca de Porto Velho. Era a obra do século. Qualquer autoridade que visitasse a Capital era obrigado a conhecer a réplica do jardim da Casa da Dinda, desculpe, da Casa do Povo."

Dos Crimes

Pelas investigações da Polícia Federal, o grupo cometia os crime na Assembleia, onde desviava dinheiro público por meio de folhas de pagamentos fantasmas, formadas por cabos eleitorais, parentes de deputados e de juízes, no Judiciário, com vendas de sentenças que favoreciam parlamentares; e no Tribunal de Contas do Estado, que aprovava contas duvidosas do Executivo e fechava os olhos para a sujeirada do Legislativo. Dos 24 deputados, conforme o jornal "Correio Brasiliense," edição de 15 de agosto de 2006, "apenas Neri Firigolo não foi envolvido na fraude."

A procuradora do Ministério Público Federal, Déborah Duprat acatou todos os indiciamentos propostos pela PF. Segundo a denúncia da procuradora, a "organização criminosa era formada por dois núcleos: um de obtenção de ganhos econômicos e outro de influência estatal. O primeiro formado pelos deputados estaduais liderados pelo presidente da Assembleia, Carlão Oliveira. Esse núcleo começou a atuar em 2003, quando o parlamentar chegou a presidência do Legislativo. De acordo com a denúncia ele foi responsável pelo desvio de 70 milhões de reais. "E mantinha o poder distribuindo benesses para se manter no cargo."

O segundo núcleo da organização criminosa agia desde 2005 e sua atrbuição era encobrir todos os delitos da quadrilha. Para tanto, contava com um representante no Tribunal de Justiça, no Tribunal de Contas, além da participação do procurador de Justiça, José Carlos Vitachi e de alguns setores da imprensa. A participação do membro do Ministério Público está restrita ao episódio de relaxamento da prisão de Moisés, irmão de Carlão, Marlon, o cunhado, e Haroldinho, filho do deputado Haroldo Santos, em troca da aprovação de projeto de vencimentos dos membros do Ministério Público.

A organização criminosa, instalada na Assembleia, também desviou recursos públicos ao assinar ilegalmente com bancos contratos de empréstimos consignados com descontos em folha. Ao todo foram 24 pessoas presas, além das autoridades. (Amanhã o final da "Operação Dominó." Entenda a roubalheira da Assembleia Legislativa de Rondônia)








05 agosto 2009

PODRES PODERES DE RONDÔNIA

(Segunda parte)


Lembrando três anos passados quando a PF colocou um Estado atrás das grades.


Aumento de salário (continuação)

Num diálogo gravado em 23 de fevereiro de 2006, Sebastião Teixeira Chaves combina com Carlão a apresentação de um projeto que assegure aumento de salários para ele e os demais colegas da magistratura. Carlão demonstra ser receptivo às sugestões do desembargador e pede interferência de Chaves no caso do prefeito de Ouro Preto do Oeste.

Em outra conversa, também em 23 de março, o desembargador avisa a um assessor de Carlão que o pleito do deputado foi atendido. Sebastião Teixeira tentou passar a informação em primeira mão para o presidente do Legislativo, mas como ele não fora encontrado, o desembargador comemorou a vitória com o chefe de gabinete de Carlão, identificado como Pedro.

"Foi concedida a liminar. Estou aqui com o juíz de Ouro preto, ele ia para Mirante da Serra comigo. Já estou liberando, já falei com ele aqui, ele deve embarcar, deve estar recebendo a comunicação, está tudo ok," festeja Sebastião Teixeira.

" Maravilha, então," responde Pedro.

Irandir de Souza, prefeito de Ouro Preto, teve o mandato cassado pela Câmara dos vereadores por improbidade administrativa. Mas com ajuda de Sebastião Teixeira Chaves e outros aliados de Carlão, no Judiciário local, estava tentando voltar ao cargo.

Influência até na Justiça Eleitoral



Naqueles idos, conforme a Folha de São Paulo, " Carlão Oliveira, apontado como chefe da quadrilha, além do esquema montado com os parceiros do Tribunal de Justiça, exercia influência indevida e promíscua sobre agentes do Poder Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado e do Poder Executivo.

" Esquema da quadrilha do Legislativo tinha influência também no Tribunal Regional Eleitoral." Está lá na Folha de São Paulo de 10 de agosto de 2006: " deputado Carlão Oliveira, através de ligações telefônicas interceptadas pela PF, pede que Josélia Valentim da Silva, juíza do TRE, defira um mandado de segurança para anular a posse do prefeito de Jaru, Ulisses Borges de Oliveira, segundo colocado no pleito de 2004."

A jogada era para que Amauri dos Santos, irmão de João da Muleta, outro deputado do bando de Carlão, acusado por compra de voto, pudesse voltar à prefeitura de Jaru pelas mãos "generosas' da juíza Josélia Valentim. Amauri, atualmente deputado estadual, foi reempossado no cargo, mas foi afastado através de uma nova decisão do TRE.

Em outros registros telefônicos interceptados pela Polícia Federal, a juísa Josélia questiona Carlão sobre pagamentos que não foram feitos a ela por meio de funcionários laranjas.

Josélia Valentim da Silva ocupou, entre 2004 e 2005, uma das duas vagas reservadas a advogados entre os juízes do TRE. Ela foi escolhida pelo presidente Lula a partir de uma lista tríplice apresentada pela OAB de Rondônia, supostamente sob bondosas bençãos de uma ala do PT rondoniense.

Em 22 de outubro de 2005, o irmão de Amauri dos Santos, deputado João da Muleta ligou para Carlão Oliveira, dizendo que "o mandado caiu na mão da doutora." Minutos depois, Carlão, pelo telefone falou com a juíza Josélia para perguntar se ela havia recebido algo. "Ainda não, mas sei que vai chegar" - respondeu a então Juíza eleitoral Josélia Valentim.


CURTO E GROSSO

Sinceramente, tenho muita pena dos cidadãos honrados e honestos do Estado de Alagoas. É verdade. Aqui pra nós, ter Fernando Collor e RenanCalheiros como representantes no Congresso Nacional, desonra qualquer povo. É um dos piores castigos pode existir. É pior que ter Hidelbrando "motosserra," aquele deputado do Acre que madava serrar seus desfetos político.

Senadores, especialmente os suplentes sem votos, sem povo e sem urna, desses que gostam de encher o peito, como o tal de Wellington Salgado (uma vergonha para Minas Gerais) e dizer alto e em bom tom :"Falo como senador da República." Ora, não são republicanos, geralmente não sabem o que é isso. E se sabem não praticam.












04 agosto 2009

"OS PODRES PODERES DE RONDÔNIA"
(Primeira Parte)

Quatro de agosto de 2006. Porto Velho, Capital do Estado de Rondônia amanhece o dia sitiada pela Polícia Federal. Duas das três maiores autoridades do Estado, o desembargador Sebastião Teixeira Chaves, presidente du Tribunal de Justiça e o deputado Carlão de Oliveira, presidente da Assembleia Legislativa são presos e algemados, acusados pelo desvio de 70 milhões de reais dos cofres públicos.


"UM ESTADO ATRÁS DAS GRADES "
Terceiro aniversário - primeira parte

"Um Estado atrás das grades." Essa foi a manchete principal da capa do jornal "O Globo," edição de 5 de agosto de 2006. Um dia antes a Polícia Federal, através da Operação Dominó, prendeu algumas das autoridades mais importantes de Rondônia, com destaques para o presidente do Legislativo, deputado Carlão Oliveira, hoje um rico pecuarista, e o presidente do Judiciário, Sebastião Texeira Chaves, atualmente aposentado com todos os direitos e vantagens do cargo que ocupava. Eles foram acusados de participarem do roubo do dinheiro do Estado no valor de 70 milhões de reais, a partir de um golpe na Assembleia Legislativa rondoniense.

Foi preso também o chefe da Casa Civil do Governo de Rondônia, Carlos Magno Ramos, na época candidato a vice na chapa do governador Ivo Cassol. E hoje, apesar de tudo, Carlos Magno foi premiado com o cargo de Secretário de Agricultura do Estado.

Ao todo foram presas, no dia 4 de agosto de 2006, pela PF, 24 pessoas, entre elas estavam lá o ex-procurador de Justiça, José Carlos Vitachi, o juíz José Jorge Ribeiro Luz, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Edilson Souza Silva. Todos eles, conforme consta do relatório da Polícia Federal, publicado pelo O Globo, faziam parte da quadrilha responsável pelo desvio dos 70 milhões de reais dos cofres públicos.

Nas páginas internas (3 e 4) da mesma edição, O Globo usou um título mais forte ainda, mancheteando duas cabeças de páginas com o título "Os Podres Poderes de Rondônia," para destacar a reportagem sobre o assalto ao Poder Legislativo, presidido por Carlão Oliveira. A matéria dizia que as gravações da PF, autorizadas pela Justiça, "revelam tráfico de influência nos poderes do Estado. O desembargador Sebastião Teixeira Chaves, presidente do TJ e o deputado Carlão de Oliveira, presidente da Assembleia trocavam favores que iam desde o desbloqueio de bens irregulares pertencentes a Carlão, até projetos de aumentos abusivos e ilegais de salários no Judiciário."

O presidente do TJ, Sebastião Teixeira fez história no desvio do dinheiro da Assembleia. De acordo com o jornal "Folha de São Paulo," edição de 8 de agosto de 2006, "ele atuou sistematicamente para influenciar colegas da magistratura assinar decisões favoráveis ao deputado Carlão Oliveira, acusado de vários crimes."

O relatório reservado da PF, como está em O Globo de terça-feira, também de 8 de agosto de 2006, escreve matéria dizendo que "Sebastião Chaves tentou desde o desbloqueio de vários bens do deputado Carlão até a suspensão da cassação do mandato do prefeito de Ouro Preto do Oeste, Irandir Oliveira Souza, protegido do deputado Ronilton Capixaba, aliado de Carlão."

Com base no conteúdo das gravações da conversas de Sebastião Teixeira, "consideradas estarrecedoras," a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, ordenou a prisão do desembargador e de outros integrantes da "organização criminosa," acusada pelo desfalque dos 70 milhões da Assembleia.

Foi a primeira vez na história da magistratura, que um desembargador presidente de Tribunal de Justiça foi preso e algemado em pleno exercício do cargo. Sebastião Teixeira Chaves ficou detido na carceragem da PF, em Brasília.
AUMENTO DE SALÁRIO ILEGAL

Segundo o relatório sigiloso da Polícia Federal, publicado no jornal O Globo, de 8 de agosto de 2006, Sebastião Teixeira Chaves estava tentando agradar Carlão Oliveira em troca de um aumento ilegal de salários para os magistrados de Rondônia.

A Polícia Federal interceptou comprometedoras conversas do desembargador Sebastião Teixeira com Carlão e o juíz José Jorge Ribeiro da Luz.(Continua amanhã, na segunda parte da retrospectiva sobre o assalto à Assembleia Legislativa de Rondônia).

Curto e Grosso

Em duas oportunidades o esperto príncipe dos operários disse o seguinte: "Ninguém pode julgar um homem com a biografia de Sarney." Poucos dias depois ele fala: "Não tenho nada com Sarney, não votei nele, isso é com o Senado." Agora responda, se for capaz: Qual dessas afirmações está valendo? Ou será que existe outra?

E por falar em Lula, o príncipe dos operários, e suas incertezas no que diz, pelo menos em três coisas ele não mudou: Do Corinthians, da mulher e da cachaça. Hoje não faz o que falava e faz o que não falava.

As obras que a prefeitura de Porto Velho tanto alardeia na mídia, são verdadeiras sinfonias inacabadas.Pelo que o prefeito diz, mentir não é mais pecado, se for ele tá perdido com o capeta.